segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Desenvolvimento embrionário

Primeira fase: da fecundação à formação das três camadas
O desenvolvimento embrionário tem início com a fecundação onde há formação de um zigoto. O zigoto inicia rapidamente a constante divisão, diferenciação e migração celular, que irão formar todos os tecidos do organismo. Com 2-6 dias de idade, o blastocisto implanta-se na parede do útero. Na segunda semana, depois da nidação, liberta hormonas para que a cavidade uterina se vá especializando com o objectivo de proteger, nutrir, e fornecer as hormonas necessárias ao seu crescimento. Vão começar a formar-se as estruturas percursoras das membranas fetais e da placenta - ao fim da segunda semana inicia-se uma circulação útero-placentária primitiva.
Segunda fase: da 3ª à 8ª semana – Período Embrionário
Neste período, há formação das três camadas principais: ectoderme, mesoderme e endoderme, dá origem aos seus próprios tecidos e sistemas de órgãos.
O sistema vascular e o coração, permitem que o seu sangue, que não se mistura com o da mãe, flua e nutra os tecidos em rápido crescimento. As fundações do sistema nervoso estão estabelecidas. O cérebro já está a formar-se, e formadas a vesículas encefálicas, toma proporções do adulto. Os olhos começaram a desenvolver-se. Surgem e evoluem os pulmões, intestino e estômago, a glândula pituitária, dentes e gengivas, pele e pêlos. Formam-se os membros, o esqueleto e outros tecidos estruturais: o embrião mexe-se e reage a estímulos. A boca, orelhas e nariz desenvolvem-se e podem fazer lembrar traços de família. Epitélio sensorial surge e torna, entre outros, os lábios sensíveis ao toque. À oitava semana estão formados os órgãos, estabelecidas as principais características da forma do corpo.
Terceira fase: da 9ª semana ao nascimento-Período Fetal
Este período, em que já estão formados os principais sistemas de órgãos, caracteriza-se pelo rápido crescimento do corpo e pela maturação destes sistemas.
É notável o aumento do comprimento durante o terceiro, quarto e quinto meses, (5 cm por mês) enquanto o ganho de peso é mais importante durante os 2 últimos meses de gestação (700g por mês). Outra alteração notável é a desaceleração relativa do crescimento da cabeça.
Às 21 semanas a mãe reconhece claramente os movimentos do feto. Às 28 semanas já está apto para viver, embora com grande dificuldade. Com 38 semanas o feto está preparado para o nascimento, após o qual, dependente dos cuidados de um adulto, concluirá o seu crescimento e maturação em alguns sistemas.

Super Interessante

domingo, 28 de outubro de 2007

Cancro do útero

Cancro do útero é um tumor maligno dos tecidos do útero. O cancro do útero afecta principalmente dois locais - o cólo do útero e o endométrio. Em casos raros, o músculo uterino é afectado por um tipo de cancro conhecido como leiomiossarcoma. O cancro do endométrio é um dos tipos de cancro mais comuns do sistema reprodutor feminino. Ocorre mais vulgarmente em mulheres que tiveram excesso de estrogénio no seu sistema reprodutor, particularmente se o nível de progesterona for baixo. Os factores que podem elevar o nível de estrogénio incluem obesidade, ausência de ovulação ou administração prolongada de hormonas estrogénicas, não compensada por administração de pogestagénicos. Diferentemente do cancro cervical, que é raro em mulheres que não tenham tido relações sexuais, o cancro do endométrio pode afectar mulheres virgens e é mais comum nas que tenham tido poucos ou nenhuns filhos. A utilização de contraceptivos orais diminui para metade o risco de cancro do endométrio. O primeiro sintoma de cancro do endométrio numa mulher depois da menopausa é geralmente um corrimento vaginal com sangue. Em mulheres mais jovens, o primeiro sintoma pode ser menorragia (períodos muito abundantes), hemorragias entre períodos ou hemorragias depois das relações sexuais. No entanto, várias outras situações podem também ser a causa deste tipo de hemorragias.
Contudo, e apesar de todos os alertas, a prevenção do cancro do colo do útero está a falhar em Portugal, uma vez que não existe rastreio sistemático para despistagem de infecção pelo papiloma vírus (HPV).


Reflexão:
É impressionante os casos de cancro do útero existentes em Portugal, comparativamente aos outros países da União Europeia apesar de ser curável em quase 100% dos casos quando detectado precocemente. Este tipo de situações não podem continuar. Portanto se for uma mulher esteja atenta a todos os sintomas, faça exames nomeadamente Papanicolaou. Se ainda fores uma adolescente tenta tomar o mais rápido possível a vacina (apesar de não ser comparticipada pelo Estado) pois esta confere uma total segurança que até agora nenhum outro fármaco mostrou.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A louca montanha russa das hormonas

Sobem e descem. Alteram a temperatura do corpo. Tiram a boa-disposição. Trazem “pneus” que não estavam lá. São difíceis de manter na linha. Semelhante caos muda a vida da pessoa. Os níveis de estrogénios caem a pique, a partir dos 50 anos. Desaparece a menstruação e a protecção cardiovascular de que a mulher beneficiava, e aumenta o risco de fracturas; a progesterona é outra vitima da menopausa. Os níveis diminuem drasticamente, porque a função principal, que consiste em preparar o útero para a gravidez, deixa de ser necessária; a quebra da testosterona representa um golpe fatal para o desejo sexual em homens e mulheres. Parece que desempenha um papel importante na andropausa, a versão masculina da menopausa. Por outro lado é sabido que as mulheres, embora não tenham predisposição genética para sofrer varizes, fiquem mais susceptíveis a estas porque a gravidez torna incompetente algumas veias, na medida em que as hormonas ováricas fazem relaxar as fibras musculares existentes na parede venosa, tornando-as mais flácidas.
Fonte: Super Interessante
Reflexão:
É incrível o poder destas hormonas. Parece que não mas grande parte das coisas que acontecem no nosso corpo ao longo da nossa vida é derivado das hormonas. Mas o que mais me surpreendeu neste artigo foi o facto dos estrogénios e progesterona terem este efeito terrível nas mulheres grávidas que é o aparecimento de varizes.

6ªaula experimental

No dia 24 de Outubro realizou-se a sexta aula laboratorial. Nesta, podemos observar e, mesmo, manusear os diferentes métodos contraceptivos existentes na escola (preservativo, diferentes tipos de pílula, espermicida, injecção hormonal, adesivo hormonal, DIU e anel vaginal). À medida que íamos observando e manuseando estes, íamos anotando as diversas características de método (eficácia, efeitos secundários, contra-indicações…) o que contribuiu e muito para um melhor conhecimento sobre estes. Penso que foi uma aula interessante e útil na medida em que nunca é demais falar neste tipo de coisas porque é um tema cada vez mais actual e importante tendo em conta a sociedade actual.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

5ª aula experimental

Na última quarta-feira, dia 17 de Outubro realizou-se, como é habitual, mais uma aula prática. Esta aula foi muito semelhante à de uma semana atrás, na medida em que foi dividida em duas partes: a primeira parte para a conclusão dos relatórios, iniciados na aula prática anterior, sobre preparações definitivas de estruturas ligadas à reprodução. A segunda parte da aula desenrolou-se com a apresentação dos trabalhos individuais acerca dos vários métodos contraceptivos ao turno presente.
No meu caso, eu apresentei um método, que inicialmente me era desconhecido, o
Implante hormonal, mas após a elaboração deste trabalho constatei que é um método inovador, muito interessante, com muitas vantagens sendo as desvantagens quase inesistentes.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A produção de óvulos e Ciclo ovárico/ciclo uterino

Os óvulos são produzidos nos ovários. De 28 em 28 dias dá-se ovulação (figura em baixo-as contracções do ovário e do folículo provocam uma roptura, para que o óvulo maduro-a vermelho- seja expulso do ovário) : uma das células amadurece e transforma-se num óvulo; depois rompe a parede do ovário e o óvulo é expulso instalando-se nas trompas de Falópio, onde poderá ocorrer fecundação.

Ciclo ovárico divide-se em duas fase:
Fase folicular esta fase compreende os primeiros 14 dias do ciclo. Se não houver fecundação no ciclo, a menstruação ocorre nos primeiros 4 dias: a mucosa que reveste o útero desprende-se com fluxo de sangue. Durante esta fase, dá-se a maturação. Cada futuro óvulo está contido numa estrutura, chamada de folículo, que vai amadurecer até se romper, permitindo que o oócito II vá para a trompa. A ovulação tem inicio no décimo quarto dia depois do inicio da menstruação. Por seu lado, a mucosa começa a aumentar de espessura, preparando-se para uma eventual fecundação.
Fase luteínica e
sta fase compreende os 14 últimos dias do ciclo. Após a ovulação, o folículo transforma-se num corpo lúteo (corpo amarelo), que começa a segregar progesterona para o sangue. Se não houver fecundação, o corpo amarelo degenera. A mucosa do útero continua a aumentar de espessura até ao momento em que está preparada para receber um possível embrião.

Ciclo uterino divide-se em: fase menstrual, fase proliferativa e fase secretora.

Fonte: Enciclopédia Activa e multimédia

4ª aula experimental

Na passada quarta feira dia 10 de Outubro realizou-se mais uma aula laboratorial, contudo não tão prática como o normal. Esta aula serviu, de certa forma, para por as coisas em dia na medida em que foi entregue à turma os testes diagnósticos realizados no primeiro dia de aulas. De seguida, e após a realização de uma proposta de correcção desse mesmo teste, recebemos o primeiro relatório realizado individualmente na primeira aula experimental. Por fim e durante o resto da aula elaborámos um relatório sobre preparações definitivas de estruturas ligadas à reprodução que observamos na passada aula laboratorial.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Cancro da próstata é segunda causa de morte por cancro em Portugal

O cancro da próstata é a segunda causa de morte por cancro em Portugal vitimando todos os anos cerca de 1.500 homens, número explicado pela baixa percentagem de homens que consulta antecipadamente o médico para um rastreio. Esse rastreio muitas vezes é retardado uma vez que muitos homens têm medo do toque rectal que é sempre necessário para avaliar a próstata e não querem ir por causa desse aspecto. Então se a médica de família for uma mulher, os homens tem algum pudor em falar sobre estas coisas, porque, muitas vezes, os homens ligam a próstata à área sexual, genital e portanto há muito pudor em falar sobre este assunto. Pudor que leva a que a maior parte dos homens portugueses prefira esconder a assumir a existência do problema, o que pode acabar por ter consequências trágicas.
O cancro da próstata só é curável na sua fase inicial mas se a pessoa está à espera de ter sintomas urinários, porque é aquilo que a pessoa pensa que o cancro da próstata dará, para ir ao medico é um erro, porque o cancro da próstata no inicio e quando é curável não dá sintomas nenhuns, é um cancro silencioso, é um cancro que é sintomático. De acordo com os especialistas, quando o cancro da próstata dá sintomas, habitualmente já passou a fase em que é curável, uma vez que já está de tal maneira metastizado que já não tem salvação e, portanto, já é uma doença avançada.
Feflexão:
No meu entender, é incompreensível como é que alguns homens põem a sua vida em risco por causa de um simples rastreio que não fazem por motivos, essencialmente, de vergonha. Não faz sentido porque, como diz no texto, se os homens estiverem à espera dos efeitos da presença do cancro já não têm quase hipótese nenhuma de sobreviver. É por isso que é muito importante ir fazer voluntariamente o despiste do cancro na próstata e detectá-lo numa fase precoce para ser curável. Por isso se tem uma idade média de 55 anos arranje um intervalo e vá fazer este rastreio. O esforço é mínimo e dessa forma tem-se a certeza se está ou não a 100%.Se não tiver ainda vai a tempo de poder recuperar totalmente, uma vez que não esperou pelos efeitos secundários da doença.

Nobel da Medicina distingue criação de ratos transgénicos

Os norte-americanos Mario Capecchi e Oliver Smithies e o britânico Martin Evans, cujos trabalhos de investigação foram desenvolvidos separadamente, permitiram descobrir como manipular geneticamente células embrionárias de ratos.
Os cientistas descobriram como inactivar um gene, técnica essencial no domínio terapêutico que é reconhecida como a base da biomedicina do século XXI.
Esta técnica é aplicada em quase todos os domínios da biomedicina, desde a investigação ao desenvolvimento de novas terapias.
A descoberta dos três galardoados permite inactivar um gene, ou seja, neutralizá-lo.
Em laboratório, os cientistas alteraram o código genético de animais de forma a conseguir «ligar» e «desligar» certos genes que tanto os ratos como os seres humanos partilham.
O estudo de genes permite aumentar os conhecimentos de «inúmeros genes em desenvolvimento embrionário».
O campo de aplicação destas descobertas é vasto, podendo contribuir para encontrar tratamentos para doenças degenerativas como o Alzheimer, mas também o cancro, a diabetes e as doenças cardiovasculares.


sábado, 6 de outubro de 2007

Implante hormonal

Descrição:
O implante hormonal é um método à base de hormonas artificiais, que não permite que a mulher ovule, utilizando apenas um progestativo (hormona semelhante à progesterona); consiste numa pequena cirurgia, feita em minutos, com anestesia local para introdução sob a pele, no tecido subcutâneo, (figura) de um bastonete de vinilacetato de etileno, com 4 cm de comprimento, que contém 68mg de 3-ceto-desogestrel. O progestagéneo é libertado lentamente, no sangue, e o efeito contraceptivo prolonga-se por um período entre 3 a 5 anos.
É necessário nova pequena cirurgia para substituição ao fim do seu prazo de validade. O implante pode ser sentido, mas habitualmente não se vê. Não são necessários pontos e mal é retirado o implante, o nível de fertilidade volta ao normal.

A inserção deve ser efectuada, preferencialmente, até ao 5.º dia do ciclo e, neste caso, não necessita de contracepção suplementar. Pode, no entanto, ser feita em qualquer altura do ciclo, excluída a possibilidade da existência de uma gravidez, e deve ser aconselhado o uso simultâneo de um método de barreira, durante 7 dias.

Taxa de eficácia:
Este método tem uma taxa de ineficácia que varia entre 1 e 2% (98 a 99% de eficácia), ou seja, é um método que oferece bastante eficácia às utilizadoras.

Vantagens:
.É muito eficaz, seguro, reversível e cómodo;
.De longa duração, não exige o compromisso diário da mulher;
.Pode ser usada em qualquer idade;
.Rápido retorno da fertilidade, após a remoção do implante;
.A utilização é prática e o efeito de longa duração;
.Não interfere com a relação sexual e não necessita de ser administrada diariamente;
.Não tem os efeitos secundários dos estrogéneos;
.Não interfere com o aleitamento;
.Melhora a dismenorreia (menos dores menstruais);
.Não tem efeitos significativos sobre os factores de coagulação, a fibrinólise, a tensão arterial ou a função hepática;
.Não mostrou ter efeitos adversos sobre a massa óssea;
.Ajuda a proteger contra o cancro do útero;

Desvantagens:
.Em regra, verificam-se irregularidades do ciclo menstrual, que podem variar entre spotting e amenorreia;
.Em algumas mulheres verifica-se, ao longo do tempo, um ligeiro aumento de peso;
.Pode causar, em certas mulheres, cloasma, cefaleia, náuseas, mastalgia e variações de humor;
.Necessita de um profissional treinado para a inserção e remoção;
.É relativamente dispendioso;
.Não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST);
.Não deve ser colocada em mulheres grávidas, em neoplasias hormonodependentes ou em mulheres com diabetes Mellitus com lesões vasculares, antecedentes de acidente cardiovascular tromboembólico e doença hepática crónica ou em actividade.

Reflexão:
Este trabalho que tinha como objectivo a pesquisa de informação acerca do implante hormonal foi interessante e esclarecedor para mim uma vez que desconhecia este método de contracepção. Graças a este trabalho fiquei um pouco mais culto ao nível da prevenção. Após a elaboração deste trabalho aconselho todas as mulheres e informar-se melhor acerca deste método pois é um método inovador e muito interessante, com poucas desvantagens.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Conceitos gerais (Reprodução)

Gónadas:
Ovários (Glândulas sexuais femininas que produzem os óvulos e as hormonas sexuais femininas: estrogéneos e progesterona. Localizam-se na cavidade abdominal e estão parcialmente cobertos pelas trompas);
Vias genitais:
Trompas de Falópio (Dois canais compridos e estreitos que captam os óvulos quando saem do ovário e os conduzem ao útero. São o local onde poderá ocorrer a fecundação); Útero (Órgão muscular que constitui uma cavidade revestida por uma mucosa, o endométrio. Comunica por um lado com a trompa de Falópio e por outro com a vagina. - É neste órgão que se ocorrer a fecundação nas trompas de Falópio , o ovo liga-se à parede do útero-nidação- e desenvolve-se uma gravidez); Vagina (Canal flexível que vai do colo do útero até ao exterior. É o local onde o pénis deposita os espermatozóides e tem uma grande capacidade de dilatação, pois permite a passagem da criança no momento do parto. Próximo do orifício externo possui uma membrana fina-hímem Essa abertura, de tamanho variável, permite a saída da menstruação e também, normalmente, a introdução de tampões sem qualquer problema);
Órgãos genitais externos:
Vulva (é o conjunto dos vários órgãos externos). Na vulva podemos distinguir:
.O clítoris (Pequeno órgão eréctil e saliente . O clítoris é um dos órgãos receptores e transmissores da estimulação sexual na mulher. É muito sensível);
.Grandes e pequenos lábios ( São pregas cutâneas);
.O orifício vaginal (corresponde à entrada da vagina, saída do fluxo menstrual e do feto).
Enciclopédia Activa e multimédia

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

3ª aula experimental

Hoje , mais uma vez, fomos para o laboratório. Nesta aula, numa primeira fase, foi dada uma especial importância aos E-Portefólios da turma (cada aluno apresentou o seu à turma).
Numa "segunda" parte da aula continuamos a actividade da aula anterior, ou seja, continuamos com a visualização ao M.O.C. de estruturas dos sistemas reprodutores masculino e feminino com posterior elaboração de um esboço. Esta visualização teve um "apoio suplementar" na medida em que foi-nos disponobilizado um "atlas virtual" onde poderiamos tirar possíveis dúvidas quanto à classificação das estruturas visializadas em ambos os sistemas reprodutores.

Tumores de Hipófise

Como se desnvolve?
Os adenomas hipofisários não possuem causa bem definida, sendo provavelmente provocados por mutações isoladas de células hipofisárias normais. Uma parcela de 3 a 5 % dos casos apresenta distribuição familiar, estando associada a mutações transmitidas hereditariamente. Esses casos podem envolver a ocorrência do mesmo adenoma na mesma família (adenomas familiares) ou estarem associados às adenomatoses endócrinas múltiplas. Nessa situação, os pacientes podem exibir tumores funcionantes de paratiróide, pâncreas e supra-renais.
O que se sente ?
Os sintomas associados aos adenomas hipofisários são neurológicos e hormonais. Os sintomas neurológicos mais comuns são a dor de cabeça e a diminuição da acuidade visual. A dor de cabeça costuma ser na região frontal e lateral, do tipo constante, sem factores determinantes e usualmente alivia com analgésicos comuns. A perda visual ocorre na acuidade visual e principalmente na visão para as laterais (perda de campo visual lateral). Mais raramente, em adenomas hipofisários volumosos com crescimento para os lados da hipófise, podem surgir outros sintomas visuais que são a visão dupla, o desvio de posição dos olhos, a queda da pálpebra e o desvio de um dos olhos para baixo e para o nariz. Este quadro caracteriza relativa gravidade e, frequentemente, se associa com dor ao redor do olho envolvido e perda visual severa, chegando até a cegueira. Os sintomas hormonais são decorrentes da diminuição ou do excesso de produção das hormonas hipofisários. A diminuição da produção provoca um conjunto de sintomas conhecidos como Hipopituitarismo. Os sintomas de excesso hormonal são decorrentes do excesso de produção de prolactina, GH e ACTH, constituindo doenças específicas apresentadas em outros itens desse site.
Como se trata?
Em situações nas quais o tratamento não é suficiente, pode ser indicada a cirurgia transesfenoidal para ressecção do adenoma. Essa cirurgia é uma microcirurgia realizada através da região nasal, utilizando microscópio e abordando a região do hipófise por sua parte inferior. Em último caso pode estar indicada a cirurgia por via transcraniana, ou seja, realizando uma abordagem da hipófise por sua porção lateral ou superior, o que envolve cortes cirúrgicos na calota craniana.
Como se previne ?
Não se conhecem métodos de prevenção. O diagnóstico precoce e um adequado manejo endocrinológico e, quando necessário, neurocirúrgico, são fundamentais para a adequada resolução das diversas situações clínicas associadas aos adenomas hipofisários.
Reflexão:
Eu publiquei esta postagem uma vez que, para mim, era desconhecido este tipo de tumor. Logo, desconhecia os seus sintomas, os seus efeitos. Mas o que chamou mais a minha atenção foi o facto de um dos sintomas ser uma continua dor de cabeça que passa que com uns simples analgésicos. Uma dor de cabeça que qualquer um possa ter pode ser um indício que algo corre mal na hipófise. Felizmente a cura é possível, uma vez que como temos estudado a hipófise é uma glândula endócrina que produz numerosos e importantes hormonas, sendo por isso reconhecida como glândula-mestra do sistema nervoso.