quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Maioria dos tratamentos de reprodução assistida ultrapassam comparticipação anunciada pelo Governo

A maioria dos tratamentos de procriação assistida (PMA) feitos em clínicas privadas são práticas de segunda linha (fertilização in vitro e microinjecção intracitoplasmática) e, em média, é sempre feita mais do que uma tentativa até se conseguir uma gravidez. A realidade da prática privada faz assim com que, na maioria dos casos, a PMA nas clínicas seja mais cara que o subsídio atribuído pelo Estado, como foi anunciado pelo Governo. No âmbito do orçamento de Estado para a área da saúde, o Governo anunciou que passaria a comparticipar a PMA no sector privado a cem por cento os tratamentos de primeira linha (inseminação artificial e estimulação ovárica) e a primeira tentativa, ou primeiro ciclo dos tratamentos de segunda linha.Um dos mais acreditados especialistas nacionais, dono de uma clínica no Porto diz que os critérios de financiamento por parte do Serviço Nacional de Saúde para a PMA feita no privado poucos casos abrangerão: “As pessoas procuram-nos depois de já terem passado por muito. Nos centros em todo o mundo o que mais se utiliza são a FIV e a microinjecção, em especial a última. E para obter uma gravidez fazemos, em média, um ciclo e meio no nosso centro, em geral não menos de dois em qualquer parte”, refere o especialista.A Lei da PMA, que esperou 20 anos em Portugal para ser redigida, foi aprovada em Julho de 2006. Mas ainda espera pela devida regulamentação, prometida para antes do Verão, mas que ainda não viu a luz do dia. Em Fevereiro deste ano foi tornada pública uma proposta de regulamentação do próprio Governo, que, na avaliação dos especialistas deixava muitas questões fulcrais por esclarecer.

Reflexão:
No meu entender e de louvar que estas técnicas de reprodução assistida façam parte do orçamento de estado para 2008 contudo, é de lamentar que os tratamentos sejam comparticipados a cem por cento os de primeira linha e na primeira tentativa. Ora em casos destes, em que é necessário o recurso a estes tipos de técnicas, raramente ou mesmo nunca uma primeira tentativa conduz a uma gravidez. Por vezes são necessários três, quatro ou mesmo cinco vezes para que tal seja possível. Assim sendo, e atendendo ao geral, a maioria dos casais terá que pagar tudo aquilo que ultrapasse uma primeira tentativa o que, no meu entender, não tem significado.

2 comentários:

Pedro disse...

na minha opinião, isto é um progresso, mas um progresso muito pouco relevante!
dado que a probabiidade dos tratamentos (de primeira linha) induzirem uma gravidez logo na primeira tentativa é muito pequena, penso que esta comparticipação não trará beneficios para as pessoas que procuram tais tratamentos!
Bom post joão!!

Anónimo disse...

Parabéns pelo teu post!
eu vou fazer fertilização in vitro, já levantei os medicamentos e a conta da farmácia foi super elevada, quase não tive troco de 500€,o problema é k não sei como posso benificiar da comparticipação do estado nestes medicamentos, quase não há informação sobre este assunto porque ninguém me sabe informar, ou então não querem, ainda não percebi muito bem! por favor se alguém me poder ajudar fica o meu mail darknesslimbo@hotmail.com